A Festa do Desporto Escolar 2016 foi apresentada na manhã desta quarta-feira (11 de maio), no Salão Nobre da Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira (ALRAM).
A escolha do palco para esta conferência de imprensa realçou o tema da Cerimónia de Abertura deste ano, subordinada aos “40 Anos de Autonomia”, aspeto vincado também por Tranquada Gomes, Presidente da ALRAM.
«Só é possível que o desporto seja hoje uma realidade na escola e fora da escola, porque houve Autonomia, porque foi permitido aos madeirenses escolherem os setores onde a aposta fosse mais determinante para a formação dos nossos jovens e da nossa sociedade», considerou Tranquada Gomes, encontrando similaridade nos princípios autonómicos e desportivos.
«Os valores que perpassam na Festa do Desporto Escolar - da solidariedade, do trabalho em equipa, da competição saudável – são comuns à nossa Autonomia e comunidade escolar.»
Também para o Secretário Regional de Educação, Jorge Carvalho, a associação da Festa do Desporto Escolar às comemorações dos 40 anos de Autonomia reveste-se de enorme simbolismo.
«De facto, se há um fator determinante na edificação desta Festa, ele é, seguramente, o dos madeirenses terem passado a ser senhores do seu destino. Foi assim que, resistindo aos avanços e recuos de que o Desporto Escolar foi vítima a nível nacional, a nossa Região, no gozo das conquistas autonómicas, soube desenhar um modelo de intervenção que tem apogeu na Festa que aqui hoje é apresentada», considerou o governante, manifestando-se satisfeito por duas razões principais.
«Primeira, a da noção de dever cumprido através do proporcionar à juventude e à comunidade uma atividade ímpar no território nacional, com efeitos positivos no bem-estar geral que os jovens alcançam pela via da prática desportiva e na nossa autoestima coletiva;
Segunda, a de termos sabido tirar proveito das conquistas autonómicas, tantas vezes questionadas injustamente, sempre atacadas por anti-autonomistas forasteiros e locais, ambos mais interessados em que o povo madeirense não se libertasse de dependências injustificadas», precisou.
Movido pela «inspiração da vida em Autonomia», Jorge Carvalho levantou questões sobre o futuro do desporto regional.
«Já todos sabemos das vantagens da prática desportiva. Mas, muito mais que as certezas que marcam o percurso realizado, é chegada a hora de pensarmos o futuro. Nessa linha, é vital para o desporto madeirense – de que afinal o Desporto Escolar e a sua Festa são uma expressão significativa – questionar as indispensáveis interações entre os diversos setores de prática, tornando possível rentabilizar meios, otimizar recursos e perspetivar resultados positivos», perspetivou, apelando a uma reflexão sobre as «lições do passado» para perceber-se como é que, «em cenário de quebra demográfica, será possível os setores federado e escolar juntarem esforços para se complementarem de modo positivo, designadamente nas etapas da animação e formação desportivas».
O Secretário Regional chamou a responder a este desafio as associações de modalidade, os clubes desportivos federados e escolares e própria organização do Desporto Escolar.
«Em ordem a se desenharem as coordenadas que orientarão o nosso trilho para um futuro que será diferente do passado, mas igualmente aliciante e seguramente encarado com as potencialidades que a Autonomia nos confere», concluiu.