O V Encontro Regional Seguranet tem como objetivo incentivar a reflexão sobre as oportunidades e os desafios da segurança no mundo digital, reforçando a importância do uso seguro das redes, dos sistemas de informação e dos dispositivos digitais nas escolas de forma a promover boas práticas de Cibersegurança nas comunidades educativas.
Neste evento, que decorreu no dia 24 de fevereiro na Escola da Apel, o Secretário Regional de Educação, Ciência e Tecnologia, Jorge Carvalho, afirmou que “A tecnologia é um caminho que vamos ter de fazer forçosamente e não há que negar essa evidência. Temos é de ter a capacidade de anteciparmos esse futuro e termos competências para podermos desenhar os melhores cenários e opções”.
Referiu ainda que “Hoje, a forma como nos expomos a este novo ambiente é, sem dúvida, complexa, mas sendo desafiante e uma certeza, leva-nos a compreender melhor essa complexidade para podermos atuar também de forma mais competente” e que é crucial “ter a perceção de que hoje vivemos uma realidade que tem muito de virtual e que esse virtual tem grandes virtudes, mas também muitos riscos”.
A necessidade da comunidade se preparar para os desafios colocados pelo mundo digital e, relembrando que o 5G “não é um futuro longínquo” é já uma realidade que vai revolucionar a comunicação, também foi um dos aspetos tidos em conta por Jorge Carvalho, dada a pertinência em debater a temática da segurança na Internet, reforçando que “a tecnologia, o digital, o virtual é um caminho sem regresso”.
No que diz respeito às escolas, Jorge Carvalho lembrou que o processo em curso já não é o de transição, mas sim o de afirmação digital, que tem como expoente máximo a utilização dos manuais digitais por parte dos alunos, nos vários níveis de ensino. A este propósito também referiu que é fundamental que se mantenha “um processo de informação e educação para a utilização destes meios, de forma a que os mesmos possam ser utilizados de forma positiva e estar protegidos de situações críticas”, embora reconheça, por vezes, que é difícil a perceção e a operacionalização da Cibersegurança. “Quando estamos a partilhar conteúdos e dados e a aceder a um conjunto de entidades, nem sempre estamos despertos para termos os cuidados necessários para estarmos protegidos nessa navegação”. É neste sentido que Jorge Carvalho considera que “é importante que toda a comunidade esteja suficientemente capacitada e preparada e estejam identificados os riscos para que, dessa forma, se possa adotar os comportamentos mais adequados para que a circulação e participação nesses ambientes seja segura e que permita utilizar as mesmas para o melhor que a tecnologia disponibiliza e não o contrário”. Concluiu ainda que “Infelizmente surgem sempre situações críticas mesmo nos nossos contextos escolares, mas cabe-nos a nós estarmos atentos, despertos, mas acima de tudo com competências para conseguirmos responder a essas situações”.
Pode consultar a notícia online no Jornal da Madeira.