Rui Barreto, que falou em videoconferência nesta cerimónia, começou por referir a importância da FIN Brasil e da participação da Região na edição deste ano, fez questão de salientar o empenho de Jatyr Ranzolin – CEO da FIN Brasil e Presidente da Câmara Brasil Portugal de Santa Catarina, cujo trabalho tornou possível a presença da Madeira nesta que é considerada a mais importante feira multissectorial da América Latina e que, este ano, movimentou representantes de mais de 40 países e atraiu alguns milhares de pessoas.
Agradecendo o convite de Jatyr Ranzolin para que a Madeira pudesse estar presente neste evento, Rui Barreto referiu que esta foi uma oportunidade extraordinária para aproximar dois países irmãos e uma forma de dar a conhecer a Região Autónoma da Madeira e o seu potencial empresarial e económico, fortalecendo os laços existentes.
A Madeira e o Brasil, disse o governante, “tem todas as condições para atrair o comércio internacional, para perceber, geograficamente, as oportunidades que existem para fazerem negócio juntos”, aproveitando tudo aquilo que têm em comum, a começar pela língua portuguesa, a cultura e a história.
Hoje, tal como afirmou, “a Madeira em mais de 250 mil habitantes e tem tido, nos últimos 50 anos, um desenvolvimento económico, social e territorial muito sustentado, fruto da estabilidade política que tem tido, o que tem permitido, através do crescimento económico, elevar a qualidade de vida das populações”.
Segundo Rui Barreto, a Madeira e o Porto Santo têm, hoje, “uma população muito qualificada e capacitada para a denominada ‘nova economia’. Temos uma economia muito baseada no Turismo, mas também no sector imobiliário, na construção civil. Dispomos, igualmente, de uma plataforma extraordinária que o Brasil e os brasileiros devem aproveitar: a Região tem, por autorização da União Europeia, um Centro Internacional de Negócios da Madeira (CINM), onde as empresas que ali se instalam podem comercializar para qualquer parte do mundo, em condições de baixa tributação fiscal, pagando apenas 5% de impostos sobre os lucros”.
Para o governante, “esta é uma oportunidade extraordinária quando, hoje, numa economia que é cada vez mais digital, temos o cabo Ellalink que liga Fortaleza à Europa, com ligações terrestres também a São Paulo e Rio de Janeiro, no Brasil. O cabo, que chega a Sines, liga ainda Cabo Verde, as ilhas de Canárias e a Madeira”, mas também Lisboa, Madrid e vários outros pontos, fazendo desta uma importante rede nesta era digital.
Além disso, e conforme referiu, “por força do alargamento da plataforma intercontinental, 80% do mar europeu será português, se percebermos isso e ligarmos ao Brasil, nós temos oportunidades de negócio, não só nas áreas internacionais e do CINM, mas também nas áreas da exploração e conhecimento científico dos nossos mares, no desenvolvimento de atividades económicas que podem passar pela aquacultura, pela prospeção subaquática”, entre outras.