BRUM DO CANTO A Doação
Em Outubro de 2015 foi doado ao Governo Regional da Madeira um espólio referente a Jorge Brum do Canto, pelo seu sobrinho Nuno Alves Caetano, em representação da família. O Governo Regional tomou a decisão de abrir ao público um núcleo permanente dedicado à vida e obra deste ilustre homem da cultura, com profundas raízes à Ilha do Porto Santo. A doação é constituída, essencialmente, por um conjunto documental e pessoal, respeitante a Jorge Brum do Canto e relativa à memória das relações da família Brum do Canto, de origem açoriana, com linhagem portossantense. O conjunto documental foi depositado no Arquivo Regional e Biblioteca Pública da Madeira, onde será devidamente tratado e colocado à disposição do público. Esta exposição pretende ilustrar os múltiplos interesses de Brum do Canto, como: ator (cinema e televisão), crítico cinematográfico, realizador de cinema, presidente do Sindicato dos Profissionais de Cinema, músico, decorador, poeta, etnólogo, gastrónomo, ictiólogo e pescador desportivo. Do conjunto doado foi feita a seleção aqui apresentada. Pretende-se que esta exposição possa servir de base para futuros trabalhos de investigação sobre este homem multifacetado que amou profundamente o Porto Santo. Jorge Júdice Limpo Brum do Canto (Lisboa, 10 de fevereiro de 1910 — Lisboa, 7 de fevereiro de 1994) Nascido em Lisboa, foi criado no seio duma família católica e monárquica. Era filho de Salvador Manuel Brum do Canto (Açores 1885 - Lisboa 1918), advogado e deputado pela Madeira entre 1906-07, e de Bertha Júdice Rocha Rosa Limpo (Quelimane 1894 - Lisboa1976), cantora lírica e autora de O Livro de Pantagruel, ícone da gastronomia portuguesa. As suas raízes familiares, oriundas da Madeira e dos Açores, fizeram com que as ilhas estivessem sempre ligadas à sua vida. No Porto Santo, a sua avó paterna, Maria Amélia Vaz Teixeira Perestrello Drummond da Câmara Escórcio Henriques Brum do Canto, era possuidora de vastas propriedades. Jorge Brum do Canto fez os seus primeiros estudos em Lisboa no Anglo-Portuguese College, no Colégio Vasco da Gama e no Liceu Pedro Nunes. Frequentou Direito na Universidade de Lisboa. Viveu a sua infância e juventude num ambiente familiar de hábitos culturais e de apurado gosto artístico. Desde muito novo assinou críticas de cinema em O Século e na revista Cinéfilo. Colaborou na Imagem e na Kino. Em 1929 tornou-se realizador de cinema com A Dança dos Paroxismos, onde era simultaneamente realizador, editor, argumentista e ator principal. Esta película, assim como a seguinte, Paisagem, não passaram, por sua determinação, no circuito comercial. Durante o seu percurso, como realizador de cinema, foi responsável várias vezes pelo argumento, adaptação, edição, banda sonora, efeitos especiais e figuração. Foi uma personalidade de grande importância na evolução do cinema português, contribuindo em muito para a afirmação da sua identidade. Tendo iniciado a sua carreira com inspiração nas vanguardas francesas, Brum do Canto afirmou-se, em Portugal, numa conjuntura de dirigismo estatal. Interessou-se sobremaneira pela evolução das tecnologias do cinema. Faleceu a 7 de fevereiro de 1994, não deixando descendência, tendo como família próxima uma irmã e três sobrinhos. Recebeu várias distinções como a Ordem Militar de Sant´Iago da Espada, o Prémio Popularidade da Revista Rádio e Televisão, o Óscar da Imprensa, entre outros. A título póstumo foi distinguido com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.
Horário de Verão: Meses de julho, agosto e setembro Aberto segundas e de quarta a sábado: 10.00h - 12.30m - 14.00h -18.00m Domingo: 10.00h - 13.00h Encerrado à terça feira e feriados. Ingressos: Normal: 1,00 € 3ª Idade: 0,50 € Cartão-Jovem: 0,50 € Grupos: : 0,50 € Com apresentação de bilhete da Casa Colombo: : 0,50 € Visitas Guiadas: Apenas para grupos e com marcação E-mail:
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