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N.º 49 - Cidades Educadoras

julho a dezembro de 2016 11-06-2018 Direção Regional de Educação
N.º 49 - Cidades Educadoras
No mês em que se inicia mais um novo ano, é muito oportuna a publicação deste número da Revista Diversidades ocupada essencialmente com a temática das “Cidades Educadoras”. É bom lembrar, destacando uma multiplicidade de perspetivas e expressões, que o processo educativo pretende envolver todos num contributo focado para a formação dos alunos (em cada fase da sua vida) como Pessoas e como Cidadãos e para a criação de um sentido comunitário de “cuidado” e de responsabilidade pela promoção e desenvolvimento das capacidades e potencialidades de cada um, no contexto do seu encontro e integração crítica na realidade envolvente e numa busca constante pela melhoria da qualidade de vida.
Aqui apresentam-se, através do conhecimento dos diferentes projetos e das propostas criativas, bem consubstanciadas por todos aqueles que trabalham com competente empenho e dedicação neste domínio, as iniciativas, atividades e estratégias que visam a valorização das pessoas, o respeito pela sua identidade, a construção de respostas adequadas a cada um e o reconhecimento da importância da ação de todos no sentido da construção de uma cidade onde haja lugar para todos e onde cada um tenha o seu lugar, afinal objetivo central explicitamente presente na Carta das Cidades Educadoras.
De tantos aspetos desta realidade das “Cidades Educadoras” que deveriam desafiar-nos constantemente, fica a marca do “cuidar”, profundamente atenta à cultura do encontro e da relação em que está envolvida e promotora de valores humanos, em vista de uma sociedade mais justa, inclusiva e solidária, na procura constante da verdade e na ousadia de trilhar caminhos de transformação das pessoas e estruturas. Assim, “cuidar” diz respeito a todos em cada fase da sua vida e toca na essência do que somos nas variadas situações existenciais.
No contexto deste sentido educativo mais global enquadram-se, naturalmente “os projetos de promoção do sucesso escolar”, “o projeto da carta de convivialidade”, “as iniciativas no âmbito da educação musical e artística”, reportadas nesta edição (apenas como representação simbólica do muito que se faz), enquanto estratégias que contribuem para uma educação integral, holística, inclusiva, que procura proporcionar aos alunos das escolas da RAM, as melhores condições para o seu desenvolvimento e realização.
Deste modo, enquanto educadores, é ocasião de nos questionarmos: será que estamos a cuidar bem dos nossos alunos como pessoas e cidadãos que são? Ou vamos fazendo as coisas para ocupar tempos e espaços educativos? Retomámos com entusiasmo e empenho o sentido da nossa responsabilidade docente, enquanto expressão da nossa realização pessoal e profissional? Nunca é demais retomar estas questões e refletir sobre elas, ou seja, voltar sempre, de modo renovado é certo, ao ponto onde tudo se decide.

Esperamos que a leitura do que aqui é publicado possa concorrer para nunca descurar do “cuidar”, enquanto princípio e estratégia educadora capaz de promover o equilíbrio e a harmonia entre identidade e diversidade, reforçar a igualdade entre todos e concretizar o sentido pleno de cidadania.


Marco Gomes
Diretor Regional de Educação


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