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Revista Diversidades N.º 63 - Educação e Saúde

julho a dezembro de 2023 06-03-2024 Direção Regional de Educação
Revista Diversidades N.º 63 - Educação e Saúde

Este número da Revista Diversidades, com a temática “Educação e Saúde” assume e partilha as “novas” perspetivas de saúde, de bem-estar individual, social e comunitário, no sentido da atualidade da conceção de “Educação para a Saúde”, encarada como “um processo baseado em regras científicas que utiliza oportunidades educacionais programadas por forma a capacitar os indivíduos, agindo isoladamente ou em conjunto, para tomarem decisões fundamentais sobre assuntos relacionados com a saúde” (OMS, 1990), onde é evidenciado o papel formativo e promotor de estilos de vida saudáveis do “educador”.

É, por isso, “importante que a família e a escola definam responsabilidades, mas que sejam flexíveis, sempre num ambiente amigável, de forma a privilegiar o bem-estar da criança a todos os níveis”. Ora, tal implica necessariamente “um plano de formação para as equipas de saúde escolar, comunidade escolar e elementos de referência na escola”, pois a escola tem de ser “um lugar de segurança”.

O contexto escolar tem igualmente de se (re)constituir como lugar de encontro das crianças com a brincadeira, dando tempo e liberdade para que as crianças e os alunos possam experimentar e interagir com “espaços mais amplos e com a Natureza”. Não podemos continuar neste processo de “uma crescente desvalorização do tempo e do espaço para as crianças brincarem livremente na escola, ou seja, no recreio”. Urge uma transformação em termos de (re)organização, (re)configuração dos espaços exteriores e de recreio e de disponibilização de materiais e equipamentos lúdicos de qualidade, pois “o corpo em movimento deveria ser uma referência fundamental no funcionamento da escola”.

Assim sendo, torna-se importante que as diversas intervenções “promotoras da saúde” sejam iniciadas o mais precocemente possível e num contexto de “trabalho em rede”, de colaboração ativa e intersectorial, pois esta “comunicação interdisciplinar vai permitir traçar as melhores estratégias para a estimulação das crianças e a melhoria da qualidade de vida das mesmas e das suas famílias”.

Deste modo, a “equação” Educação e Saúde, na multiplicidade de perspetivas, contributos, intervenções e projetos, pode ser entendida como promoção da literacia em saúde e, simultaneamente, como contributo para aumentar a consciencialização das famílias e das comunidades sobre as questões relacionadas com a saúde dos seus elementos, para colocar estas questões a ordem do dia e para reforçar atitudes favoráveis à saúde e à promoção de valores de bem-estar, qualidade de vida e equilíbrio.

As escolas têm de se constituir, na linha de uma abordagem global, holística e integral do processo educativo, como ambientes favoráveis à promoção da saúde e do bem-estar das crianças, dos alunos e de todos os outros intervenientes educativos, como uma condição básica para o exercício pleno da cidadania, reconhecendo a importância, nomeadamente, da saúde mental, de uma alimentação saudável, da atividade física, da prevenção da violência, de consumos e/ou comportamento aditivos, da reflexão sobre os seus contextos, de modo a poderem identificar e mobilizar os recursos disponíveis para uma vida saudável e de como os valores, as crenças, as atitudes e os comportamentos condicionam a própria saúde.

Ainda sobre esta temática, continua hoje a ser enorme o desafio que se coloca à escola, no sentido de promover e possibilitar ações “com vista à promoção da saúde e do bem-estar” de todos os seus membros e das comunidades.

 

Marco Gomes

Diretor Regional de Educação

 

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