O presidente do Governo Regional falava hoje em São Vicente, onde se deslocou, ao sítio da Terra Chã, para estar presente na apresentação do terceiro dos 11 projetos de habitação a custos controlados, o primeiro a concretizar em São Vicente.
Trata-se de um investimento da empresa promotora Fly Portugal Real Estate, orçado em cerca de 3 milhões de euros, que vai concretizar-se na construção de um edifício habitacional, em regime de custos controlados, localizado no sítio da Terra Chã, na freguesia e concelho de São Vicente.
O empreendimento será constituído por um bloco habitacional com 18 fogos, que terá uma área bruta de construção total de 2.139m2.
Com três pisos acima da cota de soleira, o edifício contará com 9 apartamentos de tipologia T1 e outros 9 de tipologia T2. Todas as habitações terão um lugar de estacionamento e arrecadação, situadas no piso de garagem.
Estão ainda previstas áreas de cedência destinadas a acesso automóvel, estacionamentos públicos, ecoponto, equipamentos e espaços verdes, num total de 688m2.
Questionado pelos jornalistas, Miguel Albuquerque disse que o grande objetivo passa por proporcionar, em todos os concelhos da Região, uma oferta de habitação a preços acessíveis, destinada sobretudo a casais jovens, em função do rendimento que estes usufruam no início da sua vida conjugal.
Porque, lembra, o que se vem constatando é que «à medida que a venda de imobiliário vai crescendo– e a Madeira é um destino muito apetecível, neste momento, para residentes estrangeiros de alto rendimento – os preços do terreno, de construção e de habitação vão subindo».
«Nós queremos evitar o que aconteceu em Lisboa e no Porto, onde as populações locais, sobretudo os jovens, tiveram de sair e irem residir para a periferia, porque não tinham capacidade aquisitiva para comprar casa naquelas cidades. Nós não queremos isso», asseverou.
O líder madeirense frisou ainda que a questão da fixação dos casais jovens nos respetivos concelhos não se resolve só com habitação, «é preciso também fixar empresas e criar
empregos». «Veja-se o que se está a passar em Santana. À medida que vamos aumentando a oferta turística no concelho, os casais vão lá se fixando, porque têm ali trabalho; exemplificou.
O governante recordou ainda que a Madeira 128 milhões disponíveis no PRR para estes projetos de habitação, frisando que o objetivo passa por concretizar a construção de 700/800 fogos…. Um número, contudo, com o qual não se quer comprometer, lembrando que esta segunda fase está muito suscetível ao aumento de preços na construção e dos terrenos.
Miguel Albuquerque disse ainda que será preciso lançar novo concurso público para construção de habitação a custos controlados na Ribeira Brava (onde não houve interessados) e que na Calheta a solução passará por construir no terreno para onde estava planeada a construção de um novo centro de saúde
Recorde-se que anteriormente já foram apresentados projetos de habitação a custos controlados no Porto Santo e em Câmara de Lobos, no âmbito do concurso, lançado em setembro do ano passado, para a contratualização de fogos de habitação a custos controlados, em todos os concelhos da Região.