Ou seja, o papel das empresas era muito reduzido, constituindo essa realidade uma das maiores lacunas dos sistemas educativo e formativo, sendo um dos fatores que mais influenciavam o trágico deficit de qualificações da população ativa do nosso país.
Felizmente, nos últimos anos, têm-se registado enormes progressos, tanto a nível do sistema educativo de vertente profissional, como também no de formação, sendo o elemento nuclear desse progresso a participação efetiva das empresas nos respetivos processos, a par da assunção plena do princípio da permeabilidade entre os sistemas.
Hoje, não faz qualquer sentido abordarmos o ensino de vertente profissional e a formação, sem que se inclua a participação das empresas ao longo de todo o processo, a montante, durante e a jusante. A lógica, não é apenas e só um estágio como um ensaio para a respetiva integração nos quadros da empresa, mas sim um elemento essencial e determinante para uma formação mais adequada dos indivíduos. A integração no mercado de trabalho será apenas e só o corolário de uma formação rigorosa e adaptada às exigências da qualificação em causa.
A responsabilidade social das empresas é hoje muito maior e é por isso mesmo fundamental que esse imperativo, na sua dimensão global, seja cada vez mais interiorizado e praticado pelos empresários.
O futuro do país e das gerações atuais e vindouras está, em muito, associada à intervenção das empresas enquanto agentes económicos e sociais.