O ensino profissional deve tornar-se uma escolha primeira e não uma segunda opção alternativa ao ensino universitário.
Algumas profissões exigem qualificações de nível universitário, mas muitas outras, requerem experiência prática, proporcionada de forma mais eficaz através da formação profissional…”.
É atualmente reconhecido, que os sistemas de Educação e Formação Profissional (EFP) que integram uma componente significativa de formação em contexto laboral e regimes de aprendizagem profissional facilitam a inserção dos jovens no mercado de trabalho.
Acresce ainda o facto das atuais projeções sobre as competências necessárias para a próxima década revelarem que as alterações tecnológicas irão aumentar a procura de pessoas com qualificações elevadas e médias em detrimento de pessoas menos qualificadas. Mesmo as ocupações que no passado exigiam menos competências requerem atualmente um nível de qualificação médio ou elevado. Tal significa que os indivíduos menos qualificados ou sem nenhuma qualificação formal terão no futuro mais dificuldade em encontrar emprego.
Os sistemas de EFP devem assegurar que as pessoas possuem competências atualizadas que reflitam as necessidades evolutivas do mercado de trabalho. É assim preciso melhorar a capacidade de resposta dos promotores de formação profissional face à evolução das necessidades do mercado de trabalho, o que implica uma melhor compreensão dos sectores e competências em emergência e das mudanças verificadas nas ocupações existentes.
Em conclusão, na sociedade do conhecimento as aptidões e competências profissionais são tão importantes quanto as aptidões e competências académicas, pelo que o caminho do ensino profissional deve ser cada vez mais uma opção credível para todos os jovens independentemente do seu sucesso ou insucesso no ensino regular.