Miguel Albuquerque anunciou que será a EEM a fazer a gestão do Cabo Submarino que ligará a Madeira ao Continente e aos Açores. Inquirido – à margem de uma visita que fez, nesta manhã, a uma exploração agrícola no Estreito de Câmara de Lobos – pelos jornalistas, que apontavam para uma proposta do PS no sentido de ser necessário que fosse uma entidade pública a gerir aquele cabo, o presidente do Governo Regional lembrou que aquela infraestrutura já está a ser montada e cuja gestão já foi definida.
Neste sentido, diz, o PS acordou tarde para um problema que tratou logo de resolver quando chegou ao Governo, em 2015. Dai ter decidido lançar concurso para um cabo submarino sob gestão pública, de modo a colocar fim ao monopólio da empresa privada que geria o nosso cabo submarino.
Miguel Albuquerque foi ainda questionado sobre críticas à GESBA, que considerou infundadas e injustas, sublinhando que a empresa pública «foi a salvação da banana da Madeira». «A empresa paga a tempo e horas aos produtores, como ainda garante o processamento e a gestão da produção das vinte mil toneladas de banana madeirense, comercializando-a no exterior a um preço que é o melhor dentro da União Europeia», recordou.
Por outro lado, enfatiza, «distribui os dividendos pelos produtores, para além de fazer o acompanhamento da produção em termos técnicos e de manuseamento do produto».
Diz que as críticas têm por base um grupo de pessoas que querem entrar no mercado e retirar a GESBA do mesmo. «Para depois poderem fazer dumping de preços, quando lhes apetecesse, não pagando aos agricultores. Queriam ganhar dinheiro com a destruição da GESBA», acusou
O governante deixou claro: «Não vamos voltar atrás, ao tempo em que a banana não era pesada, quando o agricultor não recebia a tempo e horas e quando a banana da Madeira estava num processo de decadência, que nós evitámos».